Páginas

quarta-feira, 28 de março de 2012

Tecnologia de ponta no mundo da moda


Realidade aumentada e identificação por radiofrequência facilitam o cotidiano de consumidores e lojistas

 
A indústria da moda tem uma dinâmica acelerada. Afinal, é obrigada a se reinventar a cada inverno e verão. As coleções ganham mais itens e acessórios e as novas tecnologias de tecido aumentam as opções de escolha dos estilistas e das confecções – pressionadas, ainda, a reduzir custos para se manterem competitivas. Nesse sentido, aliam-se diferentes instrumentos da tecnologia da informação, gradativamente associadas à internet, para dar conta dos principais desafios do setor: manter inovação, formar profissionais e se relacionar com o consumidor.

Um bom exemplo de tecnologia aplicada em favor da moda é o uso da realidade aumentada em provadores físicos e on-line. A partir da mistura de imagens, o sistema permite vestir roupas virtuais no corpo real do consumidor, seja pela internet ou na própria loja.

O Espelho Virtual, disponível no portal iG, é um serviço gratuito que pode ser usado por qualquer pessoa que tenha uma webcam e o Adobe Flash Player instalados em um computador com acesso à internet. Para usar, basta seguir as recomendações disponíveis na própria página e clicar em “experimente agora”. Depois, é só escolher a coleção preferida e as roupas que pretende provar. Se preferir, o internauta pode fotografar seus looks para salvar no computador ou, como é comum, compartilhar no Facebook. “São ferramentas próprias de cada ambiente virtual que, de fato, ampliam o repertório de informação sobre moda”, explica Deborah Bresser, colunista e editora do portal iG Moda.

Grandes redes de varejo também já notaram os benefícios desse tipo de solução. No Brasil, o site da Riachuelo oferece um provador virtual com peças para compor diversos looks, incluindo itens das coleções feminina e masculina.

Experiências desse tipo, que mesclam a imagem gravada em um site a uma foto enviada, deverão ser cada vez mais comuns e prometem facilitar bastante a vida dos consumidores, fabricantes e lojistas. Afinal, com poucos movimentos de mouse e alguns cliques, é possível até ajustar o tamanho de diversas peças para saber os modelos mais adequados para cada estilo. Isso sem falar na possibilidade de montar as combinações desejadas antes de partir para uma prova real.

Em junho de 2011, durante o Research@Intel Day – realizado em Mountain View, na Califórnia (EUA) –, a Intel, líder mundial em inovação, demonstrou um protótipo da tecnologia Magic Mirror (Espelho Mágico). A solução permite provar versões virtuais de roupas em um avatar 3D que simula as formas e medidas de quem está em frente à tela de alta resolução. Além disso, o sistema captura e reproduz os movimentos da pessoa, em tempo real.

A ideia é criar uma nova experiência de compras no varejo, oferecendo a possibilidade de testar cada peça virtualmente, antes de ir ao provador real. Dessa forma, os consumidores poderão experimentar um grande catálogo de roupas com mais velocidade e comodidade.

No Brasil, sistema semelhante com imagens tridimensionais foi criado pela Blumer. A empresa, especializada no desenvolvimento de tecnologias de interatividade virtual, criou um provador 3D para o lançamento da loja física da Penalty, em Campinas (SP). Além de capturar movimentos para integrá-los às imagens de realidade aumentada, o recurso integra as informações aos aplicativos de mídias sociais e comércio eletrônico.

Dessa forma, os clientes tiveram a oportunidade de experimentar o que mais os agradou, dentre as 9.720 combinações possíveis a partir do mostruário da Penalty. “Com a inovação, as pessoas perderão menos tempo experimentando e isso refletirá nas vendas”, prevê Nanni Brandão, diretora de inovação da Blumer.

Na Rússia, a rede Topshop, focada no chamado fast fashion, também levou a ideia ao público. Durante três dias, uma de suas lojas testou soluções de realidade aumentada no lugar do espelho tradicional. Com o uso de um sistema denominado Kinect Fiting Room, as consumidoras selecionavam as peças que preferiam vestir e o sistema, depois de capturar digitalmente a imagem da pessoa, aplicava as roupas disponíveis no espelho virtual do provador.

Outra tecnologia de ponta que tem ajudado a aprimorar as experiências de compra no mundo da moda é a de identificação por radiofrequência (Radio Frequency Identification – RFID). No Brasil, um caso interessante de aplicação está na memove, primeira empresa de fashion retail do país a adotar a tecnologia RFID em toda a sua cadeia produtiva.

Controlada pela holding VGB Global Brands – detentora das marcas Crawford e Siberian –, a rede tem usado a tecnologia como um facilitador de todos os processos que envolvem o dia a dia das lojas. Para isso, todas as peças são identificadas via radiofrequência, permitindo maior controle de estoques e a completa monitoria dos produtos, desde a fabricação até a venda ao consumidor.

Além de reduzir custos, a rede conseguiu agilizar o controle e a reposição dos estoques. Para os clientes, o sistema RFID possibilitou a criação de um fast check-out. Trata-se de um caixa expresso que “lê” o preço das peças a distância e calcula rapidamente o preço para clientes que utilizam cartões de crédito ou de débito. Vale conferir a novidade nas próximas compras!

Essa matéria integra o Boletim Universo EAD - ano VIII nº 72

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oie...
Muito obrigada por comentar...
Venha sempre me visitar..
Bjokas.